sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Um grupo “coeso e solidário”


O Futebol Clube castrense prepara o regresso ao campeonato nacional de futebol. Com prudência financeira, como é timbre da sua gestão, mas com a forte ambição aqui revelada pelo seu treinador, Carlos Machado.

Texto e foto  Firmino Paixão

Tendo ainda na memória tudo o que de fantástico fizeram na última temporada, o castrense, sob orientação de Carlos Machado, prepara a sua participação no Campeonato de Portugal. O técnico revela ambição, diz-se satisfeito com o perfil dos jogadores que escolheu e identifica dificuldades no jogo de abertura no terreno do Moncarapachense. 

Depois das conquistas da época passada a sua continuidade era inevitável?

Não sei se era inevitável, uma coisa será a pretensão que nós temos enquanto treinadores, outra é a vontade do clube e a decisão do presidente e da sua direção. Obviamente que, para mim, foi um motivo de orgulho termos conquistado todos os títulos na época passada, mas não sei se esse sucesso me garantia a continuidade ou não. Mas as pessoas reconheceram que o trabalho foi extraordinário.

O castrense tem pela frente um novo desafio, uma época mais exigente?
Sem dúvida, desde logo porque os moldes competitivos são diferentes daqueles a que nos habituámos nos últimos dois anos e isso, por si só, vai acrescentar uma competitividade diferente. Por outro lado, teremos a questão das deslocações, temos que saber lidar muito bem com essa situação, porque não somos profissionais, temos outra atividade laboral e isso exigirá de nós mais sacrifício e compromisso, mas acredito no grupo.

O clube tem correspondido ao que têm sido as suas solicitações?
Estou muito agradado com aquilo que a direção nos proporcionou e confesso que desde que sou treinador do castrense a direção não tem faltado com coisa nenhuma. Este ano também tem feito um esforço enorme para que tenhamos as melhores condições para desenvolvermos o nosso trabalho.

O plantel está fechado?
Ainda procuramos mais dois jogadores, pretendemos para o nosso grupo pessoas com um determinado perfil. Consideramos que mais importante que o seu talento é o seu caráter. Queremos jogadores com um caráter de luta, de conquista e que não desistam facilmente, sobretudo, porque teremos momentos complicados em que a força do grupo fará toda a diferença. Temos algum cuidado na escolha dos jogadores porque, como disse, o caráter é mais importante que o talento e para além de tudo isso vamos disputar um campeonato onde há claramente quatro ou cinco equipas que já assumiram a candidatura à subida de divisão e têm orçamentos de que nem vale a pena falarmos. Mas isso não quer dizer que entremos no campeonato como coitadinhos, de forma alguma.

Tem mais soluções do que no passado, um plantel mais forte e equilibrado?
Sim, temos mais soluções, nós chegámos a treinar com 13 jogadores, chegámos a fazer jogos com 12 jogadores na ficha. Este ano não, o plantel foi ponderado tendo em vista algumas limitações financeiras, mas temos atualmente jogadores escolhidos de uma forma criteriosa, jogadores polivalentes, capazes de jogar em duas ou três posições. Fomos ao encontro disso mesmo e estou satisfeito com a entrega dos atletas nestas primeiras semanas de trabalho e satisfeito com a disponibilidade deles para aprender, para crescer e assimilar aquilo que são as nossas ideias de jogo. Estou satisfeito com os jogadores que temos à nossa disposição e que se juntaram aos que ficaram da época passada, mas também gostaria de dizer que aos atletas que infelizmente não puderam continuar que lhes desejo a melhor sorte do mundo, porque contribuíram muito para que este grupo estivesse a competir a este nível.

Com os olhos postos na manutenção, não pensa em mais?
Sem dúvida, aliás, se na época passada fizemos história ao conquistarmos, pela primeira vez, três títulos numa época, este ano queremos fazer história mantendo o clube no Campeonato de Portugal. É com esse intuito e com esse foco que trabalhamos todos os dias.

Percebe-se que está muito confiante…
Muito confiante e entusiasmado, sabendo que será um desafio difícil e ao mesmo tempo aliciante. Creio que, enquanto treinador, só posso crescer neste campeonato, porque as dificuldades serão muitas e isso será estimulante para mim, porque quero mais e com a ajuda da minha equipa técnica, com o apoio dos atletas, estamos a formar um grupo de trabalho, forte, coeso, unido, solidário. Podem contar com o castrense para esta época.

Fonte: http://da.ambaal.pt/

Sem comentários:

Enviar um comentário